Sobre como escrever um Conto de Fadas na vida real

Todo Conto de Fada que se preza, deve obrigatoriamente ter uma princesa ou príncipe, um plebeu ou plebéia que nutre aquele amor quase impossível, improvável. Tem que ter um pouco de suspense, de romance proibido, de encontros, desencontros, um beijo, um fundo musical e um final feliz.

Como o acesso aos fatos da realeza anda meio complicado nos dias de hoje, e eu quero provar por a mais b que os contos de fada existem, vou tomar a liberdade de escrever este texto com base em alguns fatos que vi acontecer com pessoas normais, pessoas que conheço e que me são próximas, e em situações que de fato se desenrolaram. Sou testemunha, mas sei que ainda tem gente que vai achar que é tudo ficção. Pra estes, atenção! Esta não é uma obra de ficção! Apenas omiti o verdadeiro nome das personagens para preservar o futuro do que eu acredito será uma das mais bonitas histórias (e não estórias, que fique claro mais uma vez...) que conheci nos últimos tempos, e que, se ainda não teve final um feliz, certamente teve um começo muito feliz.

Parte I - Revezes da vida...

O destino costuma pregar essas peças. Deco e Lica, tinham acabado de sair de suas últimas desilusões amorosas... Haviam vivido experiências que os deixaram frustrados com a possibilidade de encontrar alguém legal pra gostar. Curtiam a viuvez de romances onde tinham se entregue, se dedicado totalmente, criando as maiores expectativas, tendo sido surpreendidos no fim, com acontecimentos que jamais sonhariam. Ele viu seu namoro de exatos 1220 dias, em questão de segundos se desintegrar no fatídico Sunday Bloody Sunday de 30 de abril, quando levou um sonoro “pé-na-bunda” em sua própria casa.

Ela, depois de tentar com algumas pessoas erradas, acreditou que tivesse finalmente achado a certa. Mas um ano depois, e justo no dia 06 de março, exatamente no dia seguinte de ter tido aniversário completamente ignorado pela única pessoa que não poderia faze-lo, descobriu também que o “dito cujo”, estava de partida para a Cidade Maravilhosa sem sequer haver deixado um bilhetinho azul com seus garranchos dizendo: “Chuchu vou me mandar!”.

Sem nada pior pra acontecer na vida, Deco resolveu vive-la e correu atrás do prejuízo, fazendo tudo que havia deixado de lado por tanto tempo. Passou a beber, deixou o cabelo crescer começou a sair, se divertir, e conheceu tantas pessoas que em pouco tempo estava abarrotando a agenda do celular de tantos contatos. Fez amizades verdadeiras e nesse “meio tempo” pegou muitas, mas muitas garotas. Gostou de algumas é verdade, quis ter outras, e fez o possível pra que isso acontecesse, mas algo sempre fez com que não fosse. No fundo elas nem eram pra ele mesmo.

Lica, seguiu os mesmos passos. Passou a curtir seus amigos, pegou um daqui, outro dali e fez a vida seguir em frente na medida do possível. Linda, ela sabia que poderia ter quem quisesse, podia se divertir o quanto quisesse, e o fez. Botou pilha em muito marmanjo por aí, tirou onda, ficou com alguns “escolhidos”, mas sentia, como Deco, que no fundo estava sozinha. Faltava a ambos aquela sensação de estar completo, de acordar num domingo, sabendo que alguém espera pra ir de mãos dadas ao cinema.

PARTE II - Encontros e Desencontros...

Deco conhecia Lica, mas há pouco tempo. Praticamente, de 3 meses pra cá, se viam quase todos os dias, mas nunca conversaram. Dividiam o mesmo espaço físico 5 dias por semana, mas o máximo que haviam dito um ao outro haviam sido palavras de poucas sílabas, estritamente necessárias para manter um relação cordial. Ele reparava nela. Discretamente, secretamente, e só. Acreditava que alguém como ela tinha de ter dono e guardava para si, com exclusividade, os olhares que lançava, tímido, sempre que podia, para memorizar suas feições.

Por sua vez, Lica tinha curiosidade. Havia prestado atenção algumas vezes, mas ele, por estar num posto diferente do seu, parecia inatingível. Alguém para ser apenas admirado. Totalmente fora das possibilidades. Sábio destino, este que alimenta nos corações apenas pequenas fagulhas sedentas pelo combustível que ferve os sentimentos. A procura dos dois continuava, cega e nada promissora. Quanto mais buscavam, menos conseguiam encontrar o que desejavam. Sábio destino, este que coloca tão próximo os nossos verdadeiros objetivos. Este que somente se revela a partir do instante em que paramos a procura e voltamos nossos olhos para nós e para o que está bem debaixo do nariz. As forças do destino começam a agir exatamente neste ponto: quando a busca cessa.

Tinham amigos em comum. E estes começaram a perceber naquele insignificante interesse de ambas as partes, motivo suficiente para organizar, quem sabe, uma operação de resgate. E começaram a botar lenha num lugar perigosamente explosivo. Começaram a instigar a possibilidade de que os dois ficassem juntos. Muito em off, comentavam com Lica e a faziam começar a pensar em algo além de uma respeitosa relação.

Ao mesmo tempo, Deco, sabe-se Deus de onde, resolveu perguntar pros mesmos amigos incendiários, coisas sobre Lica. E se surpreendeu com o que ouviu. Ela não tinha ninguém. Era impossível de acreditar, mas era isso mesmo. E foi o que ele precisou para tomar uma iniciativa.

PARTE III - Apenas um Começo Feliz...

Pediu o número do celular dela e mandou uma mensagem. – “Mas anônima, Deco?” “ Porque isso?”. Já era. Ela respondeu destruindo por completo suas esperanças. Mas ele já havia passado por tanta coisa. Estava curioso. Queria saber. O que poderia acontecer? “Outro pé na bunda?”. Dane-se. Respirou fundo, digitou nova mensagem e assinou. Escolheu o número dela e... “Enviando Mensagem”. Agora ferrou! Fechou os olhos e esperou pelo pior de novo. O pior não veio. Ela respondeu! Toda errada porque jamais poderia imaginar que era exatamente ele quem havia enviado a primeira mensagem. Achou que tinha sido grosseira. Pediu desculpas. Lembrou rapidamente que havia desejado ser ele quem tivesse enviado a mensagem mesmo, mas como ia saber? Não tinha o número dele e além do mais, a mensagem nem estava assinada.

Tolos. Começaram ali mesmo sua história. Encurtaram a discussão sobre as mensagens SMS e decidiram se encontrar. Conseguiram dois dias depois, e de lá pra cá, se viram todos os dias, sem exceção. Saíram, dançaram, conversaram, se conheceram mais e mais, fizeram amor de forma inesquecível, descobriram que têm tanto em comum, que gostam de tantas coisas parecidas, que desejam o mesmo tipo de felicidade, e que querem ficar juntos. A partir daí, cada beijo de “até amanhã”, tem sido como o primeiro... fazendo os cinco minutos de despedida, virarem algumas horas madrugada a dentro... com mais beijos e mais beijos... e um fundo musical de dar inveja a qualquer um...

E ainda dizem que não existe Conto de Fada...

Comentários

  1. Anônimo9:24 AM

    Por que eu fiquei com vontade de chorar? Humpf, sempre me emociono em comédias românticas... Principalmente qd tem final feliz... Uennnn...

    Eu também quero um conto de fada pra mim... De preferencia que ela seja verde e venha dentro de uma garrafa de Absinto.

    uahuaahuahauahuahuahuahu...

    Beeeeeijos amore!

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  2. Anônimo2:41 PM

    Tão importante quanto existir contos de fadas, é acreditar neles! E eu acredito muuuitoooo!!!!
    Te adoro viu sumido?
    Beijossss

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  3. Anônimo2:50 PM

    hahhahahah.. amigos incendiario... hahahah sera q mi identifiquei nesta historia??? hahahahaha bjussss...

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